sexta-feira, 25 de julho de 2008

vôo tenso




Certamente a tecnologia nos remete a um estado de sensações ambivalentes, as quais podem traduzir-se em tensão e euforia - componentes presentes na alma daqueles que se aventuram a voar nas asas da 'liberdade tecnológica.'
Para mim, tenho por certo que esta extraordinária ferramenta chamada internet, me tem despertado ao mesmo tempo encanto e desespero. Sim, pois neste exato momento, acabo de criar o meu blog, e não sei ao certo o que isso significa. Para mim, que sou um curioso inveterado por quase tudo, não faço muita idéia do significado de tal possibilidade; só sei que esta multiplicidade de informações internáuticas me conduziram à criação do blog, e continuo a me perguntar para onde isso me levará e qual o significado dessa maravilha.
Calma, amigos, não quero que a perplexidade - que já inflama por certo os seus instintos - desperte o desejo de me apedrejar, uma vez que a percepção de que estou a agir como criança em tenra idade a desbravar mundo desconhecido, certamente já se fez desnudar aos seus olhos; e, para isso, o melhor argumento que tenho para aplacar tal pulsão é o fato de que não passo de um mediocre curioso, sem grandes ambições neste vasto oceano de comunicação. Desejo, ingenuamente, compartilhar um pouco de minha euforia e desespero, ao escrever estas linhas (e por que não dizer: mal traçadas linhas).
Bem, o fato concreto desta minha primeira postagem, é afirmar-lhes que este espaço visa compartilhar conhecimento, e buscar, junto aos que sentem-se envolvidos como eu nesta eufórica e desesperadoramente fantástica via global, aprender, cominicar, falar sobre fotografia, cinema, política, enfim, um pouco de tudo que acossa a alma humana; ou seja, fundamentalmente dizer, verbalizar o que geralmente se ignora: aquelas pulsões da alma que ensejam momentos de reflexão e, sobretudo, aprendizado.
O meu anseio é poder fazer deste espaço um marco de reflexão sobre assuntos diversos, buscando diálogo permanente com este infindável universo da cultura e história humanas, onde tentarei ressaltar minhas predileções sem temer o conflito de idéias, pois a crise - conquanto não esteja dizendo nada de novo - constitui-se num manancial de infindáveis oportunidades.
Portanto, queridos amigos, não apelo à vossa paciência, pois tal qual um candidato que se exaspera às vésperas de uma eleição, estou a me comportar, buscando, tanto quanto possível, tecer palavras meticulosamente escolhidas, as quais traduzem, de acordo com Michael Foucalt, uma relação de força, de jogo, de afrontamento mesmo, embora o "A que endurecer, sem perder a ternura jamais", de Che Guevara, melhor ilustre o misto de sensações que imanta o meu coração neste momento.
No mais, companheiros, desejo não apavorar-me em demasia com o penhasco de descobertas neste meu primeiro vôo, o qual não é propriamente aquilino, e, se o é - embora corra o risco de ser interpretado como pretencioso -, é porque não encontrei analogia melhor.
Megalomanias à parte, espero compartilhar da companhia dos que não se deixam subjugar pela antipatia gratuita, pelo descrédito imediato, e que buscam atuar, no exercício da leitura,
como arquétipos do que lecionou o apóstolo Paulo: "lê de tudo e retende o bem".
Com carinho,

Maurício.



25/07/2008

Um comentário:

Maurício Alves disse...

A tensão é sem dúvida uma corrente capaz de desencadear a melhor ou pior decisão em nossas vidas.